top of page
  • Foto do escritorEduardo Sato

Buracos Negros freiam a produção de estrelas em galáxias



NGC 4440, uma galáxia espiral com pouca ou nenhuma formação de novas estrela. Imagem por: Sloan Digital Sky Survey


Resultado anunciado na NAM2021, que ocorreu em Julho de 2021, um importante congresso de Astronomia organizado pela Royal Astronomical Society (Inglaterra), apresenta solução para pergunta debatida há mais de vinte anos: "Por que algumas galáxias deixam de produzir novas estrelas mesmo possuindo material para formá-las?". Segundo Joanna Piotrowska e seus colaboradores, os principais responsáveis são os buracos negros supermassivos no centro das galáxias que emitem jatos relativísticos de partículas, impedindo o esfriamento dos gases galáticos que formariam novas estrelas.

O mecanismo de formação de novas estrelas é bem conhecido: O gás de uma nuvem esfria, partículas tornam-se menos agitadas e então são atraídas gravitacionalmente para uma região de sobredensidade de massa. Isto causa um colapso gravitacional que vai formar a estrela. Assim, um mecanismo que explique o motivo de algumas galáxias não produzirem novas estrelas deve estar associado a alguma etapa desse processo. Três possibilidades são bastante populares: Supernovas, que esquentam o gás galático impedindo a resfriamento que forma as estrelas; aquecimento devido as colisões em volta de galáxias massivas que mantem as partículas com alta energia e a influência de buracos negros supermassivos que residem no centro das galáxias e emitem poderosos jatos de matéria de forma direcional aquecendo a nuvem de gás. Piotrowska gerou diversas simulações de galáxias e as comparou com dados do catálogo SDSS (Sloan Digital Sky Survey) para mostrar que as simulações eram realistas. Assim, pode gerar dados suficientes para treinar uma inteligência artificial que comparou os três cenários.


Com a inteligência artificial foi possível afirmar que a causa mais provável são os buracos negros supermassivos que agitam as nuvens moleculares, as deixando em movimento contínuo, não permitindo a formação de clusters de matéria.

Cada vez mais vemos a aplicação de inteligência artificial para explorar problemas científicos, em especial na Astronomia, onde normalmente apresentam tempos de processamento computacional muito menores que métodos alternativos. Será que o futuro das ciências está nas inteligências artificiais?


Referências e Saiba Mais


34 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page