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 Curiosidades

A teia cósmica:

Estrutura de larga escala do universo

Por Eduardo Sato

Como o universo se parece quando olhamos de muito longe? O que você imagina? A verdade, é que é muito difícil deixar nossa imaginação ir tão além. Vamos por partes: Estamos na Terra, terceiro planeta do Sistema Solar, apenas um dos corpos celestes orbitando o Sol. Porém o universo é muito maior que o Sistema Solar!

 

O Sistema Solar está no Braço de Órion, um dos braços espirais da nossa galáxia, a Via Láctea. Esta por sua vez é uma das 54 galáxias do chamado Grupo Local, que é apenas uma parte do Superaglomerado de Virgem, um conjunto grande de galáxias mantido por interações gravitacionais.

 

Está se sentindo pequeno? Somos apenas um pequeno ponto na imensidão do universo. E se olharmos mais longe ainda? Será que veremos cada galáxia como um pontinho, como uma partícula em um gás, onde tudo parece uma coisa só?

 

Na verdade, os astrônomos descobriram que mesmo depois da escala dos superaglomerados existe uma estrutura maior, a Estrutura em Larga Escala do universo. Quando observamos de muito longe, vemos que estruturas como aglomerados de galáxias são separados por imensas regiões de vazio, se organizando como uma espécie de “espuma”, ou como costumamos chamar a “teia cósmica”.

 

Foto: Le Lae

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Esta teia acontece devido a natureza das interações gravitacionais, estudando elas pretendemos entender melhor a relatividade geral em grandes escalas e as propriedades da Energia Escura, que impulsiona a expansão do universo. É de uma beleza ímpar saber que nosso universo escolheu não ter uma estrutura completamente uniforme, mas sim em teias. Que tipo de informação será que poderemos tirar da teia cósmica?

Evolução temporal de uma simulação inicialmente homogênea. Note que com o tempo são criadas estruturas filamentosas, a chama teia cósmica.

 

No Instituto Principia a Estrutura de Larga Escala do universo está representada na cúpula do domo digital, mostrando quão longe a ciência pode nos levar. 

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(Fonte: Andrey Kravtsov, Anatoly Klypin, Nacional Center for Supercomputer Applications (NCSA))

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