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Foto do escritorEduardo Sato

Uma relíquia do Big Bang, a radiação cósmica de fundo


Um mapa de cores que mostra diferenças de temperatura na radiação de fundo
Mapa da radiação cósmica de fundo. Fonte: Planck/ESA

O trabalho dos cosmólogos é tentar contar a história do universo usando evidências científicas e para tanto eles contam com uma “fotografia” tirada quando o universo tinha apenas 300 mil anos! Esta relíquia é a chamada radiação cósmica de fundo, um dos dados mais importantes para o estudo do universo primordial. Conheça um pouco mais neste texto!


Momentos após o Big Bang, partículas muito energéticas permeiam o universo na forma de um plasma. Nesta época, o universo é opaco para fótons, isto é, uma partícula de luz não consegue percorrer grandes distâncias sem sofrer colisões com outras partículas.


Os fótons são as partículas que intermediam a força eletromagnética e portanto interagem com todas as partículas com carga elétrica. Após a nucleossíntese, o universo é constituído basicamente de prótons, nêutrons, elétrons e núcleos de hélio. Não temos átomos completos, pois a ligação dos elétrons com núcleos atômicos não é estável devido à alta energia.


A temperatura do universo vai caindo à medida que ele se expande. 300 mil anos após o Big Bang, esta queda de energia é suficiente para permitir que elétrons se liguem aos núcleos de forma estável. Essa etapa na evolução do universo é conhecida como recombinação e cria os primeiros átomos dos universo. O hidrogênio que está na água que você bebe foi criado nesta época!


Com essa mudança drástica na composição do universo, passamos para um universo transparente para luz! Os fótons desacoplam do plasma primordial, podendo caminhar livremente por grandes distâncias. Estes fótons são a radiação cósmica de fundo e podemos detectá-los até hoje. Como o universo continua em expansão, essa radiação continuou perdendo energia por toda a evolução do universo. Atualmente se apresenta na forma de microondas, que são capturadas por alguns satélites especializados como o telescópio Hubble (NASA) e o satélite Planck (ESA). Elas podem ser detectadas independente da direção em que apontamos o telescópio, mas apresentam pequenas diferenças de temperatura.


Com estas diferenças é possível criar um mapa que possui informações da época que os fótons desacoplam no universo. Esse mapa é como uma fotografia do universo jovem e corretamente interpretado pode dizer a composição do universo, sua idade, taxa de expansão e muito mais! Sendo uma inestimável relíquia do Big Bang para o estudo deste fascinante universo.

2.254 visualizações2 comentários

2 commentaires


claudionorgrasca
08 mars 2023

Pergunta complementar, usando o mesmo equipamento (ou mais atualizado) que fotografou o evento cosmológico que trata o texto, pergunto e se possível sugiro, que se fotografe hoje e retroceda pelo nosso calendário gregoriano e fotografe novamente do mesmo ponto do primeiro em relação à terra, vinte e cinco mil anos, e volte no tempo e que possa-se comparar as primeiras doze dos milénios imediatamente anteriores ao tempo atual há cinco milões de anos e a cada cinquenta milhões de anos e depois os doze últimos imediatamente posterior à foto objeto da conclusão cosmológica

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claudionorgrasca
08 mars 2023
En réponse à

melhor dizendo, gostaria de observar fotografias dos últimos doze anos do dia de hoje, dia sete de março de dois mil e vinte e três do calendário gregoriano, comparar a foto de hoje, com uma de vinte e cinco mil anos, outra de cinquenta mil anos, outra de setenta e cinco anos e assim por diante quero a análise elaborada por astrônomo qualificado de uma dúzia de fotografias tiradas no passado, no intervalo de vinte e cinco mil anos, quero isso com urgência, preciso conhecer mais, precisamos perder o medo e a verdade tras clareza e muda a visão a verdade aparece e a justiça também e o medo vai embora com as sombras, o centurão de fótons é luz…

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